Bahia e Vitória realizaram na tarde de ontem, dia 18, o primeiro Ba-Vi do ano. O jogo foi veiculado como “o clássico da paz” e depois de seis partidas com torcida única, o derby voltava a ter torcida visitante no estádio.
Mas o que se viu no Barradão, casa do Vitória, não foi uma partida de futebol convencional e o que era para ser um marco de paz no futebol baiano acabou se transformando em uma confusão generalizada. E dessa vez não estamos falando de torcidas, mas sim dos próprios jogadores.
O Vitória vencia o jogo por 1 a 0 com um gol marcado por Denílson, ainda na primeira etapa. Até que, aos quatro minutos do segundo tempo, o juiz assinalou um pênalti para o Bahia. O atacante tricolor Vinícius converteu e comemorou com uma dança que irritou os rivais.
Após o gol de empate do Bahia, o meia Vinícius comemorou em frente a torcida do Vitória. Fernando Miguel não gostou e começou uma enorme confusão. Jogo paralisado um bom tempo!https://t.co/uEvfBHB2WN
— Goleada Info (@goleada_info) February 18, 2018
Porém, como a própria conta do Twitter do Bahia divulgou no momento do gol, a dancinha que tanto irritou os atletas do Vitória é uma característica do atacante.
VINICIUS! VINICIUS! VINICIUS! pic.twitter.com/O96iMWEw7M
— Esporte Clube Bahia (@ECBahia) February 18, 2018
O que se viu a partir daí foi uma sequência de cenas lamentáveis. Confusão, socos, discussões, chutes, ameaças e cartões. Muitos cartões, amarelos e vermelhos, foram mostrados ao fim de toda a confusão.
Primeiramente dois jogadores reservas do Bahia foram expulsos. Rodrigo Becão e Edson receberam o cartão sem nem participarem do jogo. Além deles, dois jogadores que estavam em campo também foram retirados: Lucas Fonseca e o autor do gol Vinícius.
O Twitter do Bahia ironizou a expulsão de seu atacante, que aparentemente não fez nada além de comemorar o gol, apanhar e ficar com o rosto sangrando.
Vinicius foi expulso por dar cabeçadas nos punhos dos adversários.
— Esporte Clube Bahia (@ECBahia) February 18, 2018
Pelo lado do Vitória fora três atletas expulsos durante a briga: o zagueiro Kanu e o atacante Rhayner, que disferiram socos contra os atletas do Bahia e o autor do gol Denílson. Todos os atletas estavam em campo, nenhum era reserva.
A partida foi reiniciada 15 minutos após o início da confusão. O saldo naquele momento eram quatro expulsões do Bahia e três do Vitória, mas em campo eram nove atletas do Bahia contra oito do Vitória.
Depois do jogo rolando, o volante do Vitória Uillian Correia fez uma falta aos 32 minutos do segundo tempo, recebeu o segundo cartão amarelo e também foi expulso, a quarta do time. Foi aí que Wagner Mancini, técnico do Vitória, teve uma atitude lamentável e pediu para que o zagueiro Bruno Bispo, que estava pendurado, forçasse o segundo amarelo e a expulsão.
Ainda impressiona o que fizeram com o Vitória ontem… Se não for O mais, é TOP 3 dos momentos mais patéticos pelo qual o clube já passou. E o técnico, que devia tentar reverter isso, fez parte muito diretamente pic.twitter.com/Tv6L4N1gwx
— Lucas Félix (@lucasfelix) February 19, 2018
O atleta ouviu o treinador e não deixou o Bahia cobrar a falta, e deu um chute na bola para longe. Assim, conseguiu o segundo cartão, foi expulso e pela regra do futebol, uma partida não pode continuar se um dos times não tiver ao menos sete atletas em campo. Com a quinta expulsão do time, o Vitória ficou com seis e a partida foi encerrada.
Com isso, depois do julgamento do caso, o Bahia deve ser declarado vencedor da partida pelo placar de 3 a 0. Bahia e Vitória ainda se enfrentarão pelo menos mais duas vezes neste ano, no Campeonato Brasileiro. Esse número pode aumentar caso os times se cruzem no mata-mata do Campeonato Baiano ou na Copa do Brasil.