Desde sempre, o surgimento de uma nova mídia colocou em dúvida a sobrevivência de outra. Com o surgimento da Televisão, em 1950, muitos apostaram no fim do Rádio. Afinal, a televisão trazia uma grande novidade, era possível ver a notícia através de imagens, ver o artista e a beleza da atriz enquanto o rádio proporcionava apenas o som. A Televisão prosperou e o Rádio continuou forte, porque gozava de um valor inestimável: a credibilidade. Os locutores eram pessoas acima de qualquer suspeita. Era comum de se ouvir comentário do tipo, “acabou de dar no Radio”. Se foi noticiado no rádio, era verdade inquestionável. A televisão ganhou notoriedade, agilidade e avançou com o advento do videoteipe e a possibilidade de edição. De lá para cá não parou mais de evoluir e de fazer cada dia mais parte do cotidiano das pessoas. Com a chegada do sistema digital ganhou plasticidade nas imagens e o “milagre” do satélite finalmente tornou realidade a Aldeia Global de McLuhan. Um fato acontecendo do outro lado do planeta passava a ser visto via TV simultaneamente. A grande mídia se consagrava junto ao público e passava a receber a maior fatia dos investimentos publicitários. Com a chegada da Internet no Brasil no final dos anos oitenta, novamente o fenômeno se repetia: seria o fim da televisão? Afinal, a internet oferecia imagens, sons, animações e tudo que todas as outras mídias dispunham. As conexões em redes, passaram a dar voz a quem aparecia nos processos de comunicação como receptores passivos das mensagens. Formaram-se as redes sociais, Orkut e depois Facebook, Twiter, Instagran e outras tantas. E a publicidade incumbiu-se de fortalecê-la ainda mais com um crescente investimento e dinamizando as formas de se anunciar na Intenet. Dos primitivos bunners ao Brand Content e os influenciadores digitais, passamos a ter uma explosão de formas de conquistar o consumidor. Teríamos, então a super mídia? Não. Infelizmente o rápido crescimento e popularização da Internet, principalmente através das Redes Sociais, não foi acompanhado do que podemos chamar de Cidadania Digital. As notícias falsas postadas são retransmitidas em progressão geométrica. Fora isso, mensagens de conteúdo homofóbico e violento acabam por disseminar ódio em grupos ou simpatizantes que se identificam com tal conteúdo. Golpes comerciais no comércio digital e compras que jamais são entregues acabam comprometendo uma das mais importantes inovações no mundo da comunicação e poderoso instrumento da publicidade. Como tudo, em marketing a credibilidade nunca pode ser perdida, pois mais difícil de se conquistar a confiança é recuperá-la. Portanto, é bom cuidar do que estamos fazendo com a INTERNET.