Às vésperas da Copa do Mundo, a FIFA já ligou o alerta para as marcas que não são patrocinadoras oficiais do mundial e que porventura “apareçam” como a Lupo, que ganhou visibilidade na cueca de Neymar, em jogo do Barcelona na Copa da UEFA. Importante ressaltar que a UEFA adota a mesma política com relação às marcas que não sejam patrocínios oficiais de clubes dentro de campo: é proibido e ponto.
Patrocinadora pessoal de Neymar desde 2011, a Lupo lançou recentemente, uma ação denominada “Cueca da Sorte”, na qual o craque brasileiro exibe coleção de cuecas com trevo da sorte, ferradura, nas cores verde e amarela e uma com o número “10” na cintura. Criada pela agência Africa, a campanha explora a superstição do brasileiro amante do futebol, que costuma eleger uma “cueca da sorte”, seja para praticar ou torcer pelo time de coração.
As aparições da marca no duelo entre Barcelona e Atlético de Madrid pela Liga dos Campeões, através da cueca de Neymar caracterizam marketing de emboscada. E segundo noticiou o portal UOL, as ações foram premeditadas e sugeridas pelo estafe do jogador, que parece ter cumprido à risca o ato de levantar a camisa e deixar o calção meio caído, expondo a marca em cinco ou seis oportunidades.
No Brasil, a repercussão para a Lupo provocou euforia em seus executivos, que comemoraram a exposição em rede nacional, já que o jogo foi transmitido em TV aberta, pela Globo e Bandeirantes, que juntas somaram quase 17 pontos no Ibope, o que significa audiência de mais de 3 milhões de pessoas. Tanto a assessoria de Neymar quanto os executivos da Lupo negaram qualquer solicitação ou estratégia para a exposição.
Para reforçar as suspeitas de emboscada, Neymar jamais havia apresentado comportamento semelhante em outras partidas do Barça, de levantar a camisa a todo momento e expor sua cueca. A FIFA já avisou que notificará as marcas se detectar ações de emboscada. E neste caso, o molho (multa) pode sair mais caro que o peixe (retorno de mídia). Será que vale o risco?