Recentemente, a HBO anunciou o lançamento da sua nova plataforma de streaming no Brasil – atraindo assinantes com títulos, inclusive, que anteriormente estavam em outras plataformas. Segundo a a55, fintech especializada em viabilizar crédito para empresas de tecnologia e com receita recorrente, a evolução dos serviços e clubes de assinatura e a economia da recorrência têm mudado não só a forma de consumo das pessoas, como o mercado. A necessidade de isolamento social gerada pela pandemia também potencializou o segmento.
A pesquisa “Como os brasileiros consomem assinatura”, da Vindi, mostrou que 90% dos respondentes gastam entre R$ 100 e R$ 300 com serviços de assinatura e mensalidades, além disso, 50% paga de 6 a 10 serviços recorrentes. Entre as categorias mais pagas estão contas de consumo e telecomunicações (99,6%), serviços de música (82,9%) e de entretenimento (71,8%).
“A economia da recorrência vai além das plataformas de streaming e vem revolucionando até mesmo as grandes potências do mercado nacional e internacional. Como estratégia, muitas empresas estão deixando de vender seus produtos e, no lugar disso, estão oferecendo uma assinatura pelo seu uso”, afirma André Wetter, presidente da a55.
O executivo menciona uma série de exemplos que trabalham com assinaturas mensais em troca de serviços e produtos no Brasil, que vão desde produtos para pets, como a Box.Petiko, livros, como a Tag Curadoria, maquiagens e produtos de beleza, como a Glambox, até serviços de vinhos, cafés, cervejas, refeições, lavagem de carro, entre outros. A própria Apple, que oferece serviços por assinatura como app de música, tv e fitness, teve um crescimento de 145 milhões de assinantes em 2020, segundo matéria do The Washington Post.
Segundo o especialista, do ponto de vista do cliente, o serviço ou produto oferecido precisa ser conveniente e, ao mesmo tempo, necessário. Desta forma, as empresas conseguem obter diversas vantagens como a melhora na retenção de clientes; aumento da receita por cliente; diminuição dos esforços na aquisição de clientes; otimização do fluxo de caixa; maior fidelização e possibilidade de upsell; maior proximidade com o cliente; possibilidade de prever receita facilmente e melhor escalabilidade.
Esse mercado está tão aquecido que surgiram até negócios para potencializar o segmento, como a a55, primeira fintech brasileira especializada em crédito para empresas de receita recorrente. “Nós identificamos um déficit de soluções de crédito para as empresas que possuem uma receita recorrente, mas precisam de capital de giro para expandir. O formato de assinaturas ou mensalidades, que nem sempre são contratuais, e uma receita previsível, é visto como um ativo que acaba fornecendo mais garantia para o financiamento”, explica Wetter.
Diferente dos modelos tradicionais, o valor do financiamento é baseado nas receitas da empresa e não em seu balanço patrimonial ou de ativos. O pagamento também é flexível justamente por ser calculado com base em uma pequena parte do faturamento. Com essa parcela da receita, a empresa paga de volta o empréstimo durante a operação e, à medida que seu faturamento cresce, é possível solicitar novos limites de crédito.
Além dos serviços já conhecidos, como clubes de assinaturas mensais, a linha também é voltada para empresas de sistemas integrados de gestão, plataformas de pontos de venda, software como serviço, hardware como serviço, plataforma como serviço, provedores de internet e telefonia.
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