As empresas não podem e não devem deixar a violência e o racismo dizimarem os eventos esportivos.
O esporte gera cifras incontáveis anualmente em todo o mundo. Mas, vale ressaltar, não é o dinheiro o suprassumo de sua existência, mas sim a beleza, alegria e magia da competição, do impensável, do imponderável… Enfim.
No entanto, é uma pena, o comportamento humano anda dizimando o tal “espírito esportivo” como produto. Atitudes como racismo e violência vão minando o que nele há de mais belo. É bonito falar em Flair Play. Mas quem o pratica? Na última semana vimos Balotelli ir às lágrimas após ofensas racistas na Itália, e Tinga, do Cruzeiro, ser hostilizado brutalmente no Peru.
Sim, podemos admitir que tudo isso que respinga no esporte é reflexo de uma sociedade complexa, imperfeita e mal-educada por natureza. Mas nada justifica as barbáries que rondam os campos, que se tornam palco de atitudes irascíveis ao invés de belas jogadas.
Mudar esse jogo é que é a verdadeira e legítima luta. Todos precisam comprar essa briga. Quem gosta do esporte, quem pratica, quem organiza e, principalmente, as marcas patrocinadoras. Clubes, atletas, jogos e eventos esportivos são grandes filões para o fortalecimento de marca, para o engajamento de fãs e consequentemente para o aumento das vendas de produtos e serviços.
Deixar o esporte definhar e se perder dessa maneira é admitir que os principais gestores do mundo estão construindo empresas ocas em sua essência. Companhias acéfalas, robóticas, programadas apenas para o lucro, sem alma e sem branding. E o principal, sem conexão com um mundo que clama cada vez mais por solidariedade e a tal “sustentabilidade” de tudo.
Quem perceber esse caminho e resolver salvar o esporte, também vai descobrir um belo atalho para conquistar o coração de bilhões de amantes em inúmeras atividades esportivas. Sua marca é capaz de marcar esse gol, bater essa meta, marcar esse ponto e levantar o troféu? Ou a relação dela com o esporte será nocauteada pela inércia?