Entre os dias 2 e 9 de maio, M-consumidores de todo o Brasil participaram de uma pesquisa sobre Compras no Mobile. Trata-se da 2ª edição da pesquisa realizada há um ano e que já apresentou novidades sobre o comportamento de compra do e-consumidor. O estudo inédito foi realizado pelo Digitalks, em parceria com o Opinion Box, e apresentado durante a Conferência Mobile 2018, em São Paulo, no dia 17 de maio.
Foram realizadas 1.241 entrevistas com consumidores que realizaram pelo menos uma compra pelo celular nos últimos 12 meses e a margem de erro da pesquisa é de 2,8 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
Com relação à primeira edição, surgiram 5 pontos que merecem destaque. 74% acreditam que a tendência é as pessoas comprarem cada vez mais pelos smartphones e tablets. Pode parecer óbvio, mas 71% afirmam que, para a compra ser efetuada via mobile, o site tem que ser responsivo. Essa questão foi abordada há um ano e continua em destaque pelos consumidores, o que mostra que em muitos casos nada foi feito.
Como estratégia para estimular vendas pelo mobile, 65% são motivados por promoções e cupons de desconto para comprar através do smartphone. Já o item ‘segurança para comprar’ ainda divide opiniões: 34% não se sentem seguros, 25% são neutros e 41% discordam da falta de segurança.
A boa notícia é que uma parcela significativa, 43%, já admite ter sido impactada por social ads, ou seja, compraram a partir de um post patrocinado nas redes sociais. Neste sentido, ainda existe um mercado de 57% de consumidores a serem conquistados.
No geral, praticidade e agilidade são as palavras que mais representam o benefício de comprar via mobile. Os e-mails enviados pelas empresas também devem ser responsivos pois 68% afirmaram que quase todos são abertos primeiro no mobile.
Google, sites das empresas e comparadores de preços seguem como principais canais de pesquisa de informações sobre produtos e serviços pelo celular. Mas vale destacar que houve crescimento significativo para YouTube, WhatsApp, Instagram e Twitter.
“O mercado de consumo em smartphones e tablets está crescendo e tem potencial para crescer ainda mais. A necessidade de se sentir seguro em comprar pelos dispositivos e a exigência de sites responsivos são as principais barreiras a serem superadas para impulsionar ainda mais esse consumo”, esclarece Felipe Schepers, COO do Opinion Box.
“Uma coisa que acho bacana salientar é que, mesmo falando há mais de dois anos para o nosso mercado sobre a importância do mobile dentro de suas estratégias e ainda como mindset mesmo — como ter um site responsivo, ágil e fácil de carregar, por exemplo –, o nosso mercado de profissionais de marketing, comunicação, publicidade continua atrasado em relação a outros países. Enquanto luta-se para ganhar a corrida pela implantação do 5G lá fora, nós ainda precisamos destacar que nosso mercado não está nem cumprindo com o que o consumidor brasileiro está exigindo. No caso do setor digital, é preciso deixar os egos de lado e se colocar também como consumidor na hora de fazer as estratégias para mobile, levar em conta que também somos consumidores, sabe?”, opina Gabriela Manzini, Head de Conteúdo do Digitalks.
Já Flávio Horta, CEO do Digitalks, afirma que essas informações são fundamentais para as empresas repensarem suas estratégias, inclusive em canais como YouTube, WhatsApp, Instagram e Twitter, dependendo do perfil de cada cliente.