O Google Analytics Universal evoluiu para o Google Analytics 4 (GA4) e essa mudança trouxe mudanças que impactam a forma como coletamos e analisamos dados sobre o comportamento dos usuários em sites e aplicativos.
Acompanhe comigo, nos próximos tópicos, o que ficou para trás no Google Analytics Universal para que você consiga se adaptar melhor ao Google Analytics 4.
Privacidade do usuário
Uma das maiores preocupações do Google com o lançamento do Google Analytics 4 é a privacidade do usuário. Em um mundo onde a coleta de dados pessoais tem se tornado uma questão cada vez mais sensível, atender às regulamentações de proteção de dados, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR), se tornou algo essencial.
No Google Analytics Universal, a identificação do usuário era baseada no seu endereço IP, o que representava um problema de privacidade. Isso realmente ficou para trás.
O GA4 utiliza identificadores exclusivos que rastreiam e analisam o comportamento dos usuários, mas de uma forma que não acaba com a privacidade de cada um deles.
Isso significa que o Google Analytics 4 permite uma análise mais precisa da jornada do usuário, independentemente dos dispositivos utilizados.
O novo padrão de análise de dados dos usuários
Te proponho o seguinte exemplo: um usuário acessa um site pelo computador, vê determinado produto e não conclui a compra. Um tempo depois, ele acessa o mesmo produto pelo celular.
No Google Analytics Universal, essas ações seriam contadas como duas sessões e dois usuários distintos, já que ela acessou o site por meio de seu computador e depois por seu smartphone. Já o Google Analytics 4 atribuiria um ID único para o usuário com o objetivo de consolidar suas ações como um único usuário e duas sessões.
As métricas de usuários no GA4 também são diferentes do Google Analytics Universal. O GA4 apresenta três métricas principais: total de usuários, novos usuários e número de usuários ativos.
O total de usuários no GA4 representa o número total de usuários únicos que registraram um evento no site ou aplicativo, em contraste com a contagem de usuários no Google Analytics Universal, que era literalmente o total de usuários.
A métrica de novos usuários no GA4, diferentemente do Google Analytics Universal, é medida com base nos novos IDs de usuários únicos.
Já o número de usuários ativos é uma métrica nova no GA4 que considera sessões engajadas que duram mais de 10 segundos, possuem conversão ou que tenham duas visualizações de página.
Essas mudanças visam proporcionar uma análise melhor do desempenho do site ou aplicativo, além de garantir maior privacidade dos dados dos usuários, em comparação com o Google Analytics Universal e seus endereços de IP para identificação.
Eventos: a unificação da interatividade
No Google Analytics Universal, as interações de um usuário eram categorizadas como hits e exigiam configurações prévias para monitoramento. Para você entender melhor, um evento era considerado como uma ação muito particular.
No Google Analytics 4, todos os tipos de interações são consideradas eventos, desde visualizações de página até cliques em banners e em botões.
Essa mudança reflete uma abordagem mais flexível para o rastreamento de interações e permite que as empresas determinem quais ações desejam monitorar de acordo com seus objetivos de negócios.
Sessões: um novo ponto de vista
As sessões, que são interações do usuário no seu aplicativo ou site, são contabilizadas de forma diferente no Google Analytics 4 em comparação com o Google Analytics Universal.
No Google Analytics Universal, caso um usuário iniciasse uma sessão antes da meia-noite e concluísse uma compra depois da meia-noite, por exemplo, uma nova sessão seria necessariamente criada por conta do encerramento de sessões, que se dava à meia-noite.
Uma sessão no GA4 é encerrada após 30 minutos de inatividade e as sessões não são reiniciadas à meia-noite. Além disso, uma sessão é reiniciada se o usuário voltar a interagir depois do tempo limite de uma sessão, detalhe que gera uma nova sessão.
Isso implica que a contagem de sessões no GA4 varia em comparação com o Google Analytics Universal. A mudança reflete um ponto de vista mais alinhado com o comportamento real do usuário e evita divisões artificiais de sessões.
Taxa de rejeição: uma métrica mais precisa
Enquanto no Google Analytics Universal qualquer acesso em uma página que durasse zero segundos era considerada rejeição, no Google Analytics 4, a taxa de rejeição só é contada quando uma sessão tem uma duração de 10 segundos sem nenhum tipo de interação.
Logo, a taxa de rejeição no GA4 é medida de forma mais precisa no comparativo com o Google Analytics Universal.
A pequena mudança resulta em um estudo mais detalhado do engajamento do usuário, especialmente ao lembrar da presença de robôs na internet que são usados simplesmente para acessar uma página e iniciar uma sessão que seja contabilizada.
Obviamente, a nova métrica da taxa de rejeição no GA4 fornece resultados que tenham mais relação com o comportamento real de um usuário na internet.
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Não compare maçãs com laranjas
Preciso fazer uma ressalva importante: mesmo que existam semelhanças, os dados do Google Analytics Universal não podem ser comparados com os dados do Google Analytics 4 justamente porque foram deixados para trás.
As métricas e a forma de coleta de dados são diferentes e o histórico de dados do Google Analytics Universal já foi perdido para a maioria das pessoas.
Por isso mesmo, o ideal é que as empresas e os profissionais de marketing se adaptem à nova versão e aproveitem as funcionalidades aprimoradas e a proteção de dados presentes no Google Analytics 4.
Quem já migrou para o GA4 demonstra seu compromisso com a privacidade do usuário e a obtenção de dados confiáveis de cada visitante em uma página ou aplicativo. É questão de tempo para que o GA4 seja utilizado por todos os negócios na internet.
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