A VidMob , primeira empresa a utilizar inteligência artificial para cruzar os dados que compõem vídeos publicitários e analisar a performance destes nas plataformas digitais, acaba de divulgar o The State of Social Report, um estudo anual que analisa como as pessoas pensam e interagem com mídia no cenário digital.
O objetivo do material é ajudar profissionais de marketing a compreender e desenvolver conteúdos e peças criativas com mais assertividade, obtendo uma performance mais eficaz. Saber esses dados é essencial especialmente durante a quarentena e com o isolamento social, momento no qual todos estão bombardeados de vídeos e de informação. “Esse estudo é um importante pulso do mercado, que se tornou altamente dinâmico. Antes, o usuário preferia usar determinada rede social enquanto hoje em dia ele está presente em cerca de cinco plataformas diferentes de forma simultânea, dificultando a ação de marcas que não possuem inteligência por trás”, comenta Camilo Barros, Head of Partnerships da VibMob.
A empresa também liberou acesso gratuito à sua plataforma para os profissionais durante a pandemia. De acordo com o executivo, tem se observado um crescimento brutal do uso dos dados das plataformas de forma impactante. “Conhecer o consumidor e seus motivadores é essencial para uma boa comunicação no mundo digital. Cada marca tem o seu footprint, não há mais receita de bolo”, completa.
Como metodologia do estudo, a VidMob realizou duas pesquisas em maio e outubro de 2019. Mais de três mil pessoas entre 16 e 45 anos participaram da primeira: State Of Social. A segunda, Plataformas de Uso, contou com mil participantes com idades entre 13 e 45 anos.
O vídeo continua a dominar o tempo nas redes
Sem dúvidas, o vídeo ainda é o tipo de conteúdo mais popular entre todas as faixas etárias – para os jovens adultos, ele é liderado por uma ampla margem. No entanto, queríamos entender se à medida que a concorrência pela atenção do usuário aumenta, o vídeo se torna o tipo de conteúdo mais atraente para os anunciantes usarem. Ele rompe o ruído com mais frequência do que outros tipos de conteúdo?
De acordo com o estudo, quase 40% do tempo livre no ambiente digital é gasto assistindo vídeos. A pesquisa da VidMob também identificou que homens entre 18 e 24 anos gastam mais tempo assistindo vídeos (42%) o que mulheres na mesma faixa etária (39%). Tanto Youtube quanto streaming são os mais consumidos regularmente. Do tempo analisado e em comparação com o estudo anterior, o uso do YouTube aumentou em 20% e o das mídias sociais em 16%. Os resultados do streaming permaneceram estáveis.
A pesquisa aponta que entre os homens de 18 e 24 anos, o YouTube é 4 vezes mais popular que a TV e 2 vezes mais popular que os serviços de streaming. Para este público, o vídeo nas redes sociais tem superado as transmissões ao vivo. Em relação ao consumo de conteúdo pela TV, o público que mais assiste são os homens adultos de 35 a 44 anos, que declaram gastar 22% de seu tempo com essa mídia todos os dias. Mesmo nesse público, o YouTube sai ganhando, com uma fatia de 27% do tempo.
Com a popularidade dos vídeos disparada, as pessoas passam mais tempo nas redes sociais, especialmente focadas em vídeo. O uso aumentou em todas as plataformas, com o YouTube e Instagram tendo o maior crescimento. 53% das pessoas declaram usar as duas plataformas mais do que no ano passado.
As plataformas incentivam a variedade
Todo mundo usa tudo – não se trata de audiências distintas, mas sim das diferentes necessidades e motivações. Um usuário percorrerá múltiplas plataformas guiado por diferentes motivações; procurando amigos ou buscando inspiração criativa. A partir disso, as marcas precisam estar em sintonia com o que os clientes estão procurando em cada plataforma social e se adaptar ao tipo de conteúdo. Nas plataformas digitais, é recomendado ser multidimensional, para que você se adapte a todos os ambientes.
Quase metade dos entrevistados usa regularmente pelo menos três plataformas. Mais de 60% dos usuários do TikTok e do LinkedIn usam regularmente 5 plataformas. Quem usa YouTube também usa Instagram (65%), Facebook (61%) e Snapchat (53%). Os que usam Instagram também estão no YouTube (79%), Snapchat (66%) e Facebook (64%).
No entanto, nas redes sociais, o que serve para uma geralmente não se aplica às demais: o principal motivo para o uso de cada plataforma varia consideravelmente. Sabendo disso, as marcas devem contemplar as necessidades do usuário e personalizar conteúdos e anúncios da maneira mais adequada.
O humor é o principal motivador da visita do YouTube e do TikTok, por exemplo. Já o Facebook, Instagram e Snapchat são mais utilizados para acompanhar amigos. No Twitter, por sua vez, as pessoas querem as atualizações, enquanto os usuários do LinkedIn desejam fazer conexões profissionais.
Para vídeos e memes, Instagram lidera: 59% usam para compartilhar vídeos e 62% para memes.
As notícias foram para as redes sociais
A mídia social se tornou a principal fonte de notícias, superando de longe o jornalismo impresso e digital. Existem muitos fatores contribuintes, incluindo acesso livre, capacidade de compartilhamento, maior tempo de tela e atenção reduzida, o que faz um tweet com 280 palavras mais atraente que um artigo com 880. As agências de notícias dependem do Twitter e Facebook para promover as notícias.
Os entrevistados são 81% mais propensos a escolher a mídia social para notícias quando comparado com conteúdo impresso e 50% consomem esse tipo de informação mais frequentemente em sites do que na TV. As mulheres são 16% mais propensas a obter notícias em redes sociais do que homens. Comparado com outros segmentos demográficos, homens de 25 a 34 anos são os mais prováveis de consumir notícias por meio de podcasts.
A era das compras nas redes sociais
Principalmente durante temporadas de férias, os varejistas sentiram os efeitos das gerações mais jovens e seu gosto por fazer compras nas mídias sociais. Aplicativos como Instagram e Pinterest estão permitindo os usuários a impulsionarem suas lojas. Essa tendência se ampliará em 2020 com plataformas, como o TikTok, que investem em recursos de comércio eletrônico.
O estudo aponta que 1 em cada 3 consumidores realizou uma compra imediatamente após ver um anúncio nas mídias sociais. Homens 35 a 45 são os mais inclinados a comprar ao ver um anúncio, enquanto mulheres da mesma idade apresentam a tendência oposta.
Na década passada houve um grande crescimento no uso da mídia social em todas as principais plataformas. Ao olhar para 2020, as marcas terão ainda mais oportunidades do que na década anterior. À medida que as expectativas do usuário aumentarem, os anunciantes precisarão cada vez mais estarem ativos em todas as plataformas para monitorarem o impacto de elementos criativos e otimizar mais o conteúdo, aumentando a personalização e, portanto, a eficácia, do anúncio.
Dado tudo isso, onde os profissionais de marketing devem se concentrar em 2020?
• Sinais: O vídeo exige que as marcas falem com seu público de jeitos diferentes, comunicando rapidamente um valor ou mensagem. Para isso, é necessário se perguntar se seu conteúdo visual tem sinais fortes o suficiente para comunicar com pequenos vídeos.
• Comutação: O perfil do usuário muda de acordo com a rede social que ele está utilizando. Por isso, as marcas precisam ser ágeis e mudar junto com consumidores para ter sempre um mensagem relevante em diferentes contextos.
• Sinergia: O conteúdo deve parecer exclusivo para cada canal, mas rede social requer uma narrativa. Isso cria uma sinergia entre seus anúncios e conteúdos orgânicos, dando-lhe espaço para experimentar. A pergunta aqui é: como definir e medir diferentes KPIs de dados criativos para otimizar a performance em cada canal?
• Capacidade de compra: A demanda por gratificação instantânea deu origem a anúncios de compra direta e uma nova jornada do cliente, mais compacta e ágil. Os dados indicam que compras nas redes sociais se tornarão cada vez mais comum, o que cria oportunidades para profissionais de marketing digital. A última pergunta a se fazer é: você está atualizado com relação ao formato de compra de cada plataforma?
Para acessar o estudo completo, acesse o link: http://view.highspot.com/viewer/5ec59fbec79c5242c6d272e1