Em entrevista exclusiva, CEO da Integralmédica revela detalhes da relação da empresa com o esporte.
Quem assistiu ao reality show The Ultimate Fight Brasil, no último domingo (24), pôde perceber a marca Integralmédica no centro do octógono durante os combates dos lutadores que sonham em entrar para o UFC. Com personagens brasileiros de destaque no cenário internacional, panorama representado por nomes como Anderson Silva, José Aldo, Minotauro, Wanderlei Silva, entre outros, a febre do MMA explodiu no Brasil e atraiu a atenção de várias marcas.
No caso especifico da Integralmédica, o casamento é ainda mais natural, já que a empresa comercializa suplementos nutricionais. Não à toa, a modalidade é a principal plataforma de ativação da marca para a companhia, que patrocina o UFC e o TUF no Brasil, além de atletas como Wanderlei Silva e o evento nacional Jungle Fight. Para entender um pouco melhor a relação da marca com o esporte, o Jogada do Marketing conversou com o CEO da Integralmédica, Filipe Bragança. Confira:
Quais são os atletas e eventos de MMA de maior destaque patrocinados pela Integralmédica?
Filipe Bragança: Pelo terceiro ano consecutivo estamos no “TUF Brasil – Em Busca de Campeões”. O reality tem a participação de Wanderlei Silva, que hoje é também um dos membros do nosso #IntegralTeam, junto com o Ronaldo Jacaré, apontado como sucessor de Anderson Silva, e os promissores Charles do Bronx, Felipe Sertanejo e Lucas Mineiro.
Em 2011 a Integralmédica se tornou patrocinadora oficial do UFC no Brasil, tendo a exclusividade no segmento de suplementos nutricionais. Também comemoramos três anos de parceria com o Jungle Fight, o maior evento de MMA da América Latina, que só no ano passado realizou 15 edições no território nacional.
Quais são os atributos do MMA que mais combinam com a marca?
FB: A identidade da Integralmédica está ligada diretamente ao esporte. O nosso slogan “Você Tem a Nossa Força” foi criado com base na tradução de nossa missão de ajudar milhões de atletas anônimos a se superarem e irem mais longe. Estamos organizados para oferecer soluções em produtos de alta performance, com foco na melhoria da qualidade de vida das pessoas, este é o eixo inspirador de nossas atividades.
Gostaria de ressaltar que com estes atributos chegamos a três décadas de atuação, acumulamos expressivas conquistas e inovações que nos transformaram em uma empresa reconhecida pelo pioneirismo em suplementos nutricionais no Brasil. Essa vanguarda nos rendeu o reconhecimento e a liderança no segmento. Com muito orgulho criamos um hotsite que conta em detalhes a trajetória da Integralmédica.
Dentro desse universo de MMA, quais são os formatos de ativação de marca mais trabalhados pela Integralmédica?
FB: As parcerias fazem parte da estratégia de marketing da empresa e isso permite que a nossa logomarca esteja presente nos materiais de comunicação dos eventos, no octógono, nos bumpers (proteções laterais e verticais da área de luta) e também com ações de sampling no local dos eventos, em conjunto sempre com o brand experience.
Outro fator relevante é o consumo dos produtos da Integralmédica pelos atletas patrocinados. Isso é fundamental para divulgar a marca ao público formador de opinião. Temos notado também uma grande fidelização dos consumidores, que podem comprovar o aumento de sua performance, da mesma forma como têm experimentado nossos lutadores.
Quais são as principais propriedades inclusas no patrocínio do UFC e do TUF Brasil?
FB: A parceria com o TUF inclui o fornecimento de mais de 500 unidades de produtos de suplementação, que são consumidos pelos atletas participantes durante a temporada do programa. Um investimento superior a R$34 mil, em produtos da linha Body Size, uma das principais da marca e a única a apresentar o selo oficial de suplemento do UFC no Brasil. A logomarca da Integralmédica fica estampada octógono, nos bumpers e também nas bolsas personalizadas dos lutadores.
Já no UFC, além destas ativações que mencionamos, potencializamos o patrocínio com divulgação e promoções nas redes sociais, temos um estande no local de cada evento, onde geralmente são apresentados os vários lançamentos da marca e há um espaço para a comercialização das barras de proteína da marca VO2, que podem ser adquiridas com desconto. Os visitantes ainda têm a oportunidade de assistir a exibição dos episódios “Muscle Minute”, uma websérie de treinos exclusivos, que criamos com o objetivo de motivar a prática de exercícios e ensinar o consumo correto da suplementação, com a participação de esportistas renomados como o campeão Wanderlei Silva.
Qual é o valor anual que a empresa tem investido no MMA?
FB: Apostamos na pluralidade de investimentos, mas o MMA é nosso carro-chefe e temos o aporte anual de R$ 8 milhões para esta plataforma.
Como a empresa faz para medir o ROI desses investimentos? O saldo tem sido positivo?
FB: Sim, os números não mentem, tanto no nosso crescimento em faturamento como em mídia espontânea. A participação nos eventos de MMA permite o desenvolvimento de atividades que agregam valor às nossas marcas. Reforçamos também nosso posicionamento como empresa inovadora e estreitamos o relacionamento com um público formador de opinião da categoria de suplementos. O retorno é multiplicado na visão de nossos clientes e consumidores, que interagem conosco e lembram mais da nossa marca, e consequentemente isso gera um aumento no percentual de vendas.
A tendência é que o MMA no Brasil cresça ainda mais ou a modalidade deve perder força com a séria lesão e perda de cinturão de Anderson Silva, o principal lutador brasileiro no UFC?
FB: O MMA tem uma grande aceitação nacional, pois é um esporte profissional, que tem regras bem definidas e muitas pessoas gostam de prestigiar os eventos locais e internacionais, com isso a modalidade ganha mais força e cresce a cada ano. Os lutadores brasileiros tem uma participação ativa nesse desenvolvimento e na evolução do MMA, hoje temos bons lutadores, que continuam ajudando na disseminação do esporte e representam nosso País em competições com os melhores do mundo.
Os primeiros eventos do UFC não eram vistos com bons olhos por algumas entidades e pelo próprio público. As lutas eram classificadas como “sem regras” e extremamente violentas. O próprio marketing da organização estimulava esses conceitos controversos na época. Mas os criadores da franquia encontraram dificuldades e quase foram à falência antes da chegada de Dana White e dos irmãos Fertitta, que mudaram a cara do esporte. Na posição de patrocinadores, como vocês enxergam a organização e o profissionalismo do UFC hoje?
FB: O UFC revolucionou a indústria da luta. É uma organização bem planejada que respeita o público e está se expandido para outros mercados. Como patrocinadores percebemos a popularidade do esporte crescendo continuamente, principalmente devido ao sucesso do reality The Ultimate Fighter e a capacidade que o esporte tem de traduzir a linguagem multitarefa do jovem na atualidade. Os atletas precisam ter conhecimento de quase todas as artes marciais para serem bem sucedidos, deixando de lado a aquela linguagem linear do passado, de saber apenas um esporte.