Segundo a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), a Amazônia tem potencial para gerar de forma sustentável, conservando toda sua biodiversidade, cerca de 1,3 trilhão de reais em faturamento industrial por ano, até 2050. Para contribuir com a conexão da bioeconomia da Amazônia com a indústria e o comércio, o Instituto CERTI Amazônia (ICA) – vinculado à Fundação CERTI – lança a Plataforma Digital da Floresta. Estimulando e atuando para a preservação ambiental, a iniciativa tecnológica facilita as transações online de produtos e serviços amazônicos. “Ela fortalece a cadeia produtiva como um todo, promovendo uma melhor gestão organizacional e o beneficiamento de produtos, bem como a padronização e a certificação de qualidade dos produtos”, afirma Marco Giagio, diretor geral do Instituto CERTI Amazônia (ICA).
A Plataforma Digital da Floresta pretende comercializar os produtos genuinamente oriundos de comunidades da Amazônia principalmente junto às indústrias dos setores que mais os utilizam, como as do ramo de alimentos e bebidas, saúde e beleza, e fármacos. “Pretendemos ampliar o alcance da ferramenta, integrando cada vez mais cooperativas para atender a demanda de cerca de duas mil indústrias que demonstram interesse em ingressar nesse mercado”, comenta Giagio.
O cadastro na Plataforma Digital da Floresta por parte das empresas permite a negociação direta com os produtores, a identificação do fornecedor e sua localização, e a previsão logística para concretizar o negócio. “Gerando mais visibilidade para produtos de iniciativas que priorizam a floresta em pé, contribuímos para todo o ecossistema ao qual é direcionada e ampliamos as oportunidades de negócios, gerando um aumento real de renda para as comunidades e cooperativas locais”, ressalta Giagio.
A Plataforma
A plataforma reúne três ferramentas digitais que funcionam como pilares com a finalidade de conectar a produção das centenas de cooperativas da Amazônia com o comércio brasileiro. A primeira delas, o Bioconex, é um hub de marketplaces que permite negociações mais seguras entre indústria e a cadeia produtiva. Já a segunda, o Vem de Onde, garante a rastreabilidade dos produtos comercializados. Enquanto a terceira, o BI da Floresta, armazena toda a inteligência de dados que oferece suporte à gestão de negócios. “Elas contribuem para atenuar muitas das dificuldades vivenciadas pelos extrativistas, como a alta dependência financeira dos atravessadores e a falta de acesso a mercados mais amplos. Neste sentido, pode garantir, além de facilidades logísticas e de crédito, a venda dos produtos por preços mais justos”, conclui Giagio.