A tecnologia está mudando a forma como as marcas se conectam com as pessoas, e 2025 promete ser um marco nesse processo. Ferramentas como inteligência artificial (IA), big data e plataformas integradas já estão ajudando empresas a criar campanhas mais personalizadas e interativas. Essas inovações vão além de simplificar o trabalho. Elas tornam as experiências de consumo mais interessantes e envolventes.
De acordo com um estudo da Statista, o mercado global de tecnologia em marketing deve ultrapassar US$13 bilhões até o final de 2025, com a maior parte dos investimentos concentrada em inteligência artificial e automação. Esse crescimento reflete o interesse crescente em ferramentas que prometem entregar resultados mais precisos e em tempo real.
Thiago Finch, CEO da Ticto, destaca que as novas tecnologias estão redefinindo o que significa se conectar com o consumidor. Segundo ele, a personalização já não é mais um diferencial, mas uma exigência. “As marcas precisam ir além do básico. Hoje, entender o comportamento do consumidor é o mínimo; o diferencial está em usar dados para prever o que ele quer antes mesmo de ele saber. Isso só é possível com tecnologia integrada e análise inteligente”, afirma Finch.
A revolução das plataformas integradas
Plataformas que unificam diferentes canais de marketing, como redes sociais, e-mails e aplicativos, já são realidade e têm ganhado espaço por simplificarem operações e melhorarem a experiência do usuário. Essas ferramentas permitem que campanhas sejam criadas e ajustadas em tempo real, melhorando os resultados com base no comportamento dos consumidores.
Thiago Finch explica que a integração é fundamental para garantir o engajamento. “Antigamente, cada canal exigia uma estratégia isolada, o que resultava em esforços desconectados. Hoje, é possível centralizar tudo em uma única plataforma, o que reduz os custos e ainda gera um conhecimento mais aprofundado sobre o cliente”, comenta.
Além disso, a automação, viabilizada por essas plataformas, permite que as marcas criem campanhas hiper personalizadas. Por exemplo, uma loja online pode oferecer descontos exclusivos com base no histórico de compras. Essa é a mesma tecnologia que permite a um aplicativo de streaming recomendar conteúdos alinhados ao gosto do usuário.
O papel da inteligência artificial
A inteligência artificial é outro pilar dessa transformação e tem se destacado por sua capacidade de analisar grandes volumes de dados com rapidez cada vez mais impressionante. Isso permite identificar tendências, prever comportamentos e até mesmo ajustar campanhas em tempo real. A IA também tem sido utilizada para criar experiências mais imersivas, como assistentes virtuais e chatbots personalizados.
“Estamos em um momento em que o consumidor espera ser ouvido e atendido de forma quase instantânea. A IA oferece esse suporte, seja em um atendimento automatizado ou na sugestão de um produto específico. Essa tecnologia torna o marketing mais humano, paradoxalmente, ao ser extremamente automatizado e personalizado”, analisa Finch.
As empresas que investem em IA estão colhendo resultados práticos. Uma campanha ajustada automaticamente com base em dados comportamentais pode reduzir os gastos na aquisição de leads e aumentar a taxa de conversão, já que se torna mais certeira.
Personalização é uma estratégia indispensável
Os consumidores estão cada vez mais atentos às mensagens que recebem. Segundo uma pesquisa da McKinsey, 71% dos clientes esperam interações personalizadas e se frustram quando recebem conteúdos genéricos. Isso tem colocado a personalização como uma prioridade absoluta para as empresas.
“É importante lembrar que personalização não é apenas chamar o cliente pelo nome em um e-mail. Trata-se de entender o contexto, os interesses e até mesmo os desafios do consumidor, entregando soluções que realmente façam sentido para ele”, alerta Finch.
Esse foco na personalização também exige uma abordagem ética e transparente, especialmente em relação ao uso de dados. Com o avanço da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, as marcas precisam equilibrar inovação e privacidade, tratando a segurança e confiança do cliente como um de seus maiores bens.
“Para se destacar em 2025, as empresas precisam construir relações. Isso significa ser claro sobre como os dados do consumidor estão sendo usados, garantindo que a experiência oferecida seja percebida como um benefício e não como uma invasão”, conclui Finch.